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O Grito Feminino

Atualizado: 3 de fev. de 2021

A obra “O Grito” de Edvard Munch cabe bem para nós, mulheres do século XXI que olha para a história da mulher na sociedade e atravessa a ponte horrorizada e se depara com tanto ainda para fazer.


O mundo tem sido impiedoso conosco. Fomos, segundo a Bíblia, criadas da costela de Adão e acusadas de sermos imperfeitas, segundo Jacques Sprender, inquisidor do século XV, por ter sido de uma costela defeituosa. Conseguiu com essa teoria inclusive afirmar que Deus é falível...


Como seres inferiores, fomos relegadas à função de reprodução, amamentação e criação de filhos. Quanta vergonha e culpa sofriam as mulheres estéreis ou solteironas...

Muitas mulheres que agiam contra o modelo tradicional, questionavam a inferioridade das mulheres ou ainda se despontavam em algum ofício foram torturadas e até mortas sob alegação de serem “bruxas”.


Com a Revolução Francesa fomos inseridas ao mercado de trabalho para desempenharmos os mesmos trabalhos de casa, ganhando pouco e trabalhando demais. A escritora francesa Olympe de Gourges propôs a Declaração dos Direitos da Mulher, comparável a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Foi guilhotinada pela ousadia de pensar em incluir as mulheres como cidadã.


Até o século XIX não havia registro de mulher frequentando uma universidade. Estudar era para os homens dotados de inteligência superior à mulher. Foi com muita luta que conseguimos o direito de estudar livremente, e até hoje, em muitos países esse não é um direito real.


A justificativa daquela época para o salário da mulher ser inferior ao dos homens era que as mulheres já eram sustentadas pelos maridos, e, portanto, não precisavam de muito mais para sobreviver.


O Direito às Licenças Maternidade, Amamentação e Acompanhamento Médico e Escolar dos Filhos que as mulheres adquiriram é também uma forma de justificar o baixo salário das mulheres comparado ao dos homens.


Atualmente, somos maioria em quase todos os níveis de ensino, especialmente nas universidades; temos um tempo médio de estudos superior ao dos homens e apresentamos melhor desempenho escolar, em vários níveis.


Mesmo diante de todos esses fatos, somos ainda consideradas inferiores em muitas sociedades machistas.


Então, é ou não motivo para dar um grito de espanto, de horror mesmo?

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