O medo de ficar só me apavora... Essa era a música hit de quando eu era criança. As músicas mudaram, as letras também, mas os sentimentos continuam os mesmos.
O medo de ficar só é apavorante mesmo e por conta desse medo cometemos o pecado de aceitar migalhas de amor. Acreditamos no amor romântico, aquele que vem vestido de príncipe ou de princesa. Sabe por que pensamos no príncipe ou na princesa e não no rei ou na rainha? Porque é o amor juvenil, aquele que não é adulto. Príncipes e princesas vivem num mundo de contos de fada.
Nos contos de fada a princesa não enxerga o homem que chega, ela vê o príncipe. O príncipe é lindo, forte, protetor, mantenedor. A princesa é linda, sensível, sonhadora. Ambos são perfeitos..., mas a perfeição não existe.
O rei e a rainha são adultos e, portanto, precisam pagar os boletos e isso torna qualquer um chato mesmo!
Viver na ilusão parece ser bem mais fácil, mas não dura e temos que enfrentar a realidade com todas as frustrações. É preciso encarar cada um seu próprio dragão e o mais forte deles é o medo de ficar só.
A solidão é apenas uma passagem para quem quer chegar à Solitude. É na solidão, no encontro com a gente mesmo, que descobrimos que a mente faz barulho, fala coisas que atrapalham a nossa conversa, mas se continuamos a apenas ouvir essas vozes e não as responder, logo elas se acalmarão. A Solitude fica além dessas vozes, além das reclamações, das opiniões, dos hábitos que nos levam a agir sempre da mesma forma.
A solitude é terra de adulto que sabe lidar com as frustrações sem desespero.
A solitude vem acompanhada pelo amor-próprio, pela autoestima, pela autorresponsabilização.
Quem chega à Solitude vive muito bem acompanhada em qualquer reino.
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