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Idioma do amor

Ele descobriu que ela não o amava mais quando notou a casa cada vez mais desorganizada e a comida requentada do dia anterior era o que tinha na mesa.

Ela não se sentia amada, pensando bem, acreditava mesmo que ele nunca havia amado. Ele sequer notava todo seu esforço em deixar a casa bem cuidada e a comida fresca na mesa todas as noites.

Ela deu para reclamar que ele não falava coisas bonitas para ela. Que bobagem! Palavras bonitas não enchem barriga – ele pensava.

Ele queria que ela olhasse para ele com tanta atenção quanto ela tinha com os móveis, com as cortinas da casa...

Ela dele queria apenas reconhecimento – ela pensava.

Ele queria atenção, ela achava que lhe dava toda atenção quando cuidava da casa, da comida, dos filhos. Ele era ingrato, não reconhecia seu amor – pensava ela.

Ele trabalhava pesado para comprar o melhor para sua casa, afinal, para ela, o melhor que ele podia dar. Ela era ingrata, não reconhecia seu amor – pensava ele.

Ela se sentiria amada se ele a elogiasse, reconhecesse seu valor.

Ele se sentiria amado se ela fosse mais carinhosa, dedicasse mais tempo para ele.

Ambos se amavam, mas não se comunicavam no mesmo idioma do amor.



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