Coração dos outros é terra que ninguém pisa
Torcemos pela princesa, afinal ela chega com um sorriso tímido e cativante que dá vontade de acolher, de proteger. A princesa é jovem, seu corpo demonstra fragilidade, mas trabalha arduamente com crianças. O príncipe soube escolher - pensam os plebeus.
O príncipe não escolheu, a decisão foi tomada em benefício do reinado, mas no coração ninguém manda e a princesa não recebeu o coração do príncipe junto com sua coroa.
A dona de seu coração tem a sua idade, sorriso aberto e confiante, senhora de si, experiente e destemida.
O coração comprometido não abre espaço para outra pessoa entrar.
Outro final para o conto surgiu. A princesa se tornou inesquecível, mãe carinhosa dos príncipes, ditou moda, dançou vestida sensualmente com ator de cinema, quebrando as regras do palácio e viveu grandes romances. Buscou ser feliz.
O príncipe cansou de ocultar seu amor e o viveu plenamente, mesmo sofrendo com os julgamentos do povo que queriam o viveram felizes para sempre com a princesa.
O amor resistiu, perdurou, sofreu e venceu.
Infeliz aquele que acredita que pode mandar no seu próprio coração e triste aquele que crê que pode mandar no coração de outra pessoa.
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