Somos mulheres, possuímos o cálice sagrado, o único portal de vida para a humanidade. O útero se expande para acolher a vida, se molda à transformação exigente do novo ser, conforta, nutre e espera.
Enquanto gesta a vida dentro de si, promove mudanças fora. O corpo feminino com o peso da nova vida se enraíza mais à terra, é preciso agora se ancorar. Os pés pisam com firmeza o solo para que o coração não se assuste com a responsabilidade.
Manter o foco é difícil, as emoções são comandadas pelos hormônios em ebulição. O foco torna-se difuso por haver tantos interesses ao mesmo tempo.
O corpo muda velozmente assim como o emocional, hora somos crianças querendo colo da mãe, retorno ao primeiro lar, hora somos mulher, esse bicho esquisito que deixou de sangrar para dar vida.
O útero comanda a energia feminina ainda que não esteja gestando vida dentro de si, ao se encher de sangue arredonda e suaviza as formas da mulher.
O cálice continua sagrado, prepara o ninho ainda que não seja usado e depois o descarta para alimentar a terra. A mulher nutre as ralações com palavras, gestos, atitudes, comportamentos e assim gera projetos de vida.
A vida é gestada onde há energia feminina, aquela que sabe esperar, que acolhe com sensibilidade, e na resiliência usa a criatividade e a compaixão.
Abençoadas sejam todas as mulheres que se conectam com sua essência e assim carregam em si o dom da vida, no útero e na alma!
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