top of page

Assédios




Não faz muito tempo que começamos a ter conhecimento de algumas palavras que definiam o que há muito sentimos. A palavra assédio deu nome aos constrangimentos, humilhações e perseguições que uma pessoa sofre por parte de alguém que de alguma forma abusa do poder que possui.


A partir da compreensão do que é o assédio começamos a fazer distinção entre os diversos comportamentos e agora sabemos que existe o assédio moral, o sexual, o verbal, o virtual e o psicológico.


O assédio moral é quando a pessoa sofre em sua dignidade de cidadão ou cidadã ao ser humilhado(a). Acontece na maioria das vezes em ambiente de trabalho, por chefes ou mesmo colegas. São muitas as formas que caracterizam o assédio moral, dentre elas temos as mais comuns:


Fazer brincadeiras que deixam a outra pessoa em situação constrangedora;

Criticar em público;

Induzir a pessoa a cometer erros com o objetivo de prejudicá-la;

Impor horários injustificados no trabalho;

Proibir outros colegas de conversar com a pessoa;


O assédio verbal são os xingamentos, as vaias, os insultos, a ridicularização, as provocações ou ameaças contra uma pessoa.

O assédio virtual é todo tipo de assédio praticado online com o uso da tecnologia.


O assédio psicológico não deixa marcas visíveis, de fácil constatação. O assediado pode não se dar conta de estar sofrendo violência psicológica porque este tipo de assédio minora a autoestima, a auto imagem e o autoconceito da pessoa. Nesse estágio a pessoa pode não compreender o que está se passando entre ela e o assediador, e assim ela é levada a se sentir impotente, fracassada e sem forças para reagir.


Como ajudar uma pessoa que sofreu qualquer tipo de assédio:


1. Demonstre apoio à vítima

A pessoa que sofre o assédio se sente fragilizada e impotente, quase sempre, e o pedido de ajuda já demonstra uma grande força de vontade de sair da situação e isso precisa ser valorizado.


2. Pratique a escuta ativa

Ouça com atenção, exercendo a escuta ativa que é ouvir sem tecer julgamentos ou opiniões pessoais durante o relato. Suas opiniões pessoais podem servir para desacreditar a vítima, piorando ainda mais seu estado de fragilidade e impotência.


3. Nunca culpabilize a vítima

Quem não viveu o assédio pode acreditar que no lugar da vítima teria tomado outra decisão, que teria outra forma de evitar o acontecido. Essa atitude é uma forma de culpabilizar a vítima, como se ela quisesse passar pelo constrangimento. São essas atitudes que amedrontam as pessoas que sofreram assédio e ela pode levar até anos para expor a violência.


4. Defina a melhor forma de agir junto com a vítima


Os casos de assédio são difíceis de serem provados, principalmente o moral e o psicológico. Esses precisam muitas vezes de testemunha, provas escritas como e-mails, mensagens, bilhetes, áudios, vídeos.

Sair porta afora noticiando o fato publicamente compromete e denigri ainda mais a vítima e ainda dará tempo para o assediador se munir de defesa e partir novamente para o ataque.

É preciso buscar orientação adequada para cada caso, e principal e com urgência oferecer a vítima apoio emocional e psicológico de profissionais nessa área.


O assédio não é somente praticado pelo masculino sobre o feminino ou do patrão para o empregado ou empregada. Mulheres cometem esse tipo de violência também e temos a tendência de não admitir isso, provavelmente por ser um número menor de assediadores em comparação ao número de assediadores.

Colegas de trabalho, do mesmo nível hierárquico também comete assédio e pode tornar o ambiente de trabalho muito hostil.


O assédio mostra seres adoecidos, tanto o assediador quanto o assediado. Somente a punição, que já é contemplada pela lei, não é suficiente para extinguir essa violência. A ajuda psicológica deve ser direcionada a todos os envolvidos na luta para tornar a sociedade mais sadia.


Combater o assédio é um serviço de todos para o bem de cada um.





4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page