As experiências que tivemos ou que estamos tendo se tornam parâmetros para qualificar a vida como boa ou ruim.
A pessoa “apegada” ao sofrimento acredita que a vida é ruim e mesmo quando tudo está bem é cauteloso e não desfruta da paz.
Há também a pessoa que busca ver a vida com leveza e procura sublimar os acontecimentos ruins da vida.
Mesmo esse último tipo de pessoa, que enxerga a vida como boa, em momentos de crises, de catástrofes ou de grande perda tende a achar alguém para culpar pela situação.
O culpado maior é Deus, claro! Não é Ele que comanda tudo?
Lembro agora da fábula do Reformador da Natureza, o Américo Pisca-Pisca contada por Dona Benta, personagem de Monteiro Lobato. Pisca-Pisca acreditava que a natureza (outro nome que algumas pessoas dão para Deus) estava toda errada.
Como pode uma jabuticabeira ser tão grande e sustentar frutos tão pequenos, enquanto uma abóbora enorme é presa ao caule de uma planta rasteira?
Pisca-Pisca pensando assim, adormeceu embaixo da jabuticabeira e sonhou com o mundo perfeito que ele construiria, começando por fazer a troca perfeita, abóbora na grande árvore e jabuticaba na planta rasteira. Acordou ao sobressalto com uma jabuticaba que caiu bem em seu nariz. Imaginem se fosse uma abóbora?
Como avaliar a vida pelas circunstâncias se não a enxergamos totalmente?
Ainda que hoje seja incompreensível a dor que sentimos, prefiro não julgar a vida como boa ou ruim pois confio na Sabedoria infinita que nos ama profundamente.
A vida é!
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